JULIO GOMES DE SENNA nasceu em
Ceará-Mirim a 20 de maio de 1897, era filho de Galdino Gomes de Senna e Maria
Gomes de Senna e casado com Maria Salomé Fernandes de Senna. Do casamento teve
três filhos, Nilton Fernandes Senna (felecido), Jose Fernandes Senna e Nedy
Fernandes Senna. Faleceu no Rio de Janeiro aos 10 de junho de 1972.
Concluiu o curso secundário no Atheneu Norte Riograndense, em Natal, formou-se
em 1933, como Engenheiro Topógrafo e Rural, na Escola Superior de Medicina
Veterinária e Agronomia de Belo Horizonte-MG e, como Engenheiro Agrônomo pela
Escola Agrícola da Bahia, Salvador, em 1935. No Rio de Janeiro fez o Curso
Normal de Técnico em Assuntos Postais-Telegráficos, na Escola de
Aperfeiçoamento dos Correios e Telégrafos, em 1940.
Recebeu títulos do Curso de Agrônomo Regional pelo Ministério de Agricultura e
do Curso de Ecologia Agrícola do Professor Girolamo Azzi, da Escola Nacional de
Agronomia.
Foi diretor, em 1938, do Campo Experimental “Octavio Lamartine”, em Jundiaí –
Macaíba – RN, do Ministério da Agricultura. No DCT, exerceu ainda, entre outras
chefias, a de chefe de tráfego postal da Diretoria Regional do Distrito Federal
(GB-Rio); de Inspetor Geral do DCT e de Presidente de várias Comissões de
Inquéritos Administrativos.
Em 1942 foi comissionado chefe da Seção do Pessoal da Diretoria Regional dos
Correios do Estado de Goiás, sendo em 1944, requisitado por Dr. Pedro Ludovico,
Interventor Federal, ao Sr. Presidente da República, para chefiar a Seção de
Engenharia e produção, do Município de Anápolis, Estado de Goiás.
A experiência com pesquisas científicas se deu a partir da defesa da tese de
graduação “O algodão e as secas do Nordeste”, em 1935 quando colava grau de Engenheiro-Agrônomo
na Escola Agrícola da Bahia.
Em 1939 foi convidado pelo então prefeito de Ceará-Mirim Pedro Heráclito
Pinheiro, para fazer o levantamento geográfico do município, ainda não
existente, em obediência aos dispositivos do Decreto 311, de 2 de março de 1938
e, naquela ocasião completou suas anotações anteriores, já enriquecidas de
dados colhidos em 1915, quando, como diarista da “Comissão de Estudos do Vale
do Ceará-Mirim”, do Governo Federal e sob a direção do engenheiro Abreu e Lima,
foram encarregados de fazer a medição e o alargamento do leito do Rio Água
Azul, no trecho Usina São Francisco – Bacia do Pirpiri, além de outros
trabalhos.
Em 1956 apresentou no II Congresso Brasileiro de Engenharia e Indústria,
realizado no Rio de Janeiro sob os auspícios do Clube de Engenharia, uma tese
sobre a cultura do trigo, baseada nas condições ecológicas do Goiás. Intitulada
“A Farinha de Trigo poderá ser fabricada no Centro Geográfico da Nação
Brasileira”, que foi aprovada, conforme consta em seus “Anais”.
As anotações registradas por Dr. Julio Senna durante o período em que prestou
serviços no vale do rio Ceará-Mirim resultaram na publicação dos livros
Ceará-Mirim Exemplo Nacional – volumes I e II, que trata de um estudo detalhado
sobre o município porque é Geografia, uma História, uma Sociologia, um trabalho
de reflexão e pesquisa, em que o autor deixa fluir todo o sentimento pela terra
e um apelo às novas gerações para que estudem os nossos problemas.
O acesso à obra de Julio Senna está restrita a poucos livros e são muito
difíceis de serem encontrados. FONTE – SITE
ACADEMIA
CEARÁ-MIRINENSE DE LETRAS E ARTES “PEDRO SIMÕES NETO”